sábado, 9 de novembro de 2013

A complexidade do aprendizado

Hoje vamos falar de um assunto que interessa a todos, mas que pouco conhecemos: de que forma aprendemos.

Muito tem se estudado sobre o tema e isso significa que temos muitas teorias sobre aprendizagem. Disso conclui-se que aprender é complexo, não é mágico e nem mágica, e que nem teóricos dominam o assunto, muito menos aqueles que não estudam sobre o tema. Assim, o se aventure a ter respostas rápidas para quando você ou alguém o aprende alguma coisa/tema, ou mesmo não queira dar uma de sabedor do assunto porque, repito, aprender é complexo.

Só o parágrafo anterior já traz um alerta para pais, professores, gestores: seus filhos, alunos e colaboradores demandam uma estrutura complexa de cognição para aprender. A maneira como essa estrutura busca informações para atribuir entendimento às coisas é pessoal, portanto a maneira como cada um aprende é individual – não é como a sua! O jeito que você aprende (se você já se conhece o suficiente para saber) não é como qualquer outra pessoa aprende, embora o processo mental seja o mesmo.

Continuando nossa breve explicação teórica: das teorias que mais gosto, vou escrever brevemente sobre a construtivista. O que eu acho interessante nela é  o principio de que aprendemos porque relacionamos as situações com situações passadas. Dessa forma aprendemos  de forma significativa, ou seja, o que estamos aprendendo tem relação com conceitos relevantes, claros e disponíveis na nossa estrutura cognitiva (a que estabelece o processo mental de se organizar relações de significação, ou seja, atribuição de significados à realidade).

O que escrevi é só para alertá-los sobre a complexidade e a individualidade do processo e seus impactos na educação e nas nossas relações pessoais.

Para exemplificar: se uma criança aprender a dar um laço no cadarço de seu tênis ela pode ou não levar essa experiência para outras situações onde precise e possa dar laços e/ou pode despertar um entendimento de que dar laços é como juntar peças de um quebra-cabeças e conseguir juntar figuras semelhantes. O que tem uma coisa a ver com a outra? A relação cognitiva que a criança faz. Isso não é o que racionalmente acharíamos que ela faria. Mas o aprendizado segue a ancoragem que o cérebro da criança deu ao evento e irá influenciar a solução de problemas posteriores de acordo com a estrutura cognitiva daquela criança.

Fantástico, não é? Então comece a observar como você e os outros aprendem. Respeite a forma de cada um. E aproveite para descobrir que existem maneiras diferentes da sua e que essas maneiras podem fazer a sua ser ainda melhor.



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