quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O medo de errar (aprendido) baixa a motivação e cerceia a inovação

A Revista HSM em sua edição Jul/Agosto, 2014 trás uma reflexão bem interessante, que compartilho com vocês, na matéria de nome “A outra face do poderoso Vale”: a de que para inovar devemos ter paixão por aprender, permitirmo-nos arriscar e não ter medo de falhar.

Na reportagem, Robert Pearlstein afirma que “o mundo pode esperar inovação constante do Vale do Silício “[...] porque o que “distingue os empreendedores do Vale do Silício de todos os outros é sua capacidade de aprender muito rapidamente”(p.65).

Robert Pearlstein, diretor-executivo de negócios corporativos e desenvolvimento internacional do SRI International, comenta que a região mantém uma cultura de inovação numa abordagem multidisciplinar  onde a força por inovar vem de dentro das pessoas o que faz com que “as pessoas tenham velocidade de assimilação de novas informações”.

Acrescente-se a esse comentário o de Paul McNamara, VP de estratégia na nuvem da Ericsson e veterano do Vale: “aqui trabalhamos pesado para preservar os quatro fatores de nosso sucesso até agora: a disposição para transferir o capital rapidamente para áreas novas, a capacidade  que as pessoas têm de aprender rapidamente com as experiências das outras, a coragem de realizar algo que pode falhar, e o incentivo ao sucesso” [...] e “a competição. Gostamos de jogo.” [...] isso leva a uma de “ nossas características, difícil de copiar, a tolerância ao risco. Todo empreendedor local tem no mínimo uma história de fracasso para contar”. No Vale “as ideias são menos importantes do que executar, testar, colaborar, aceitar o erro, ser confiável e ser justo” complementa Sergio Pessoa, gerente geral do escritório Apex-Brasil em San Francisco. (p. 66-67).


Esta reflexão vai na contra mão em que a maioria dos profissionais se encontra nas empresas onde a aversão ao erro e o freio à inovação se fazem presentes em todos os níveis. Em geral vivemos na família, na escola e nas empresas uma prisão psíquica que nos faz ter receio de expormos e fazermos o que nos brota do coração e da mente e que poderia, além de aumentar significativamente nosso estado motivacional, trazer ganhos de produtividade para os locais de trabalho.