quarta-feira, 15 de março de 2017

Lidando com sentimentos de insegurança e receio

Já faz algum tempo que vivemos sob pressão acima do podemos suportar: muitas responsabilidades, trânsito, “correria do dia a dia”, “falta de tempo”, cobranças em casa e no trabalho, entre outras situações que nos faz sentir como se o “tempo voasse” e não tivéssemos realizado o que era necessário.

Esse contexto gera sentimentos de insegurança e de receio resultantes da super estimulação e da agitação em que vivemos.

Isso mesmo: os sentimentos de insegurança e o de receio também podem ser causados pelo estresse consequente da pressão diária em que vivemos. Isso porque perdemos o contato com nós mesmos resultado da necessidade de buscar atender à todas as demandas externas que nos são impostas. Podemos, até, dizer que a insegurança é (um bom) sinal de que temos que reavaliar  as responsabilidades e tarefas que assumimos.

Nenhum de nós nasceu inseguro ou com receio do que possa vir a acontecer. Em parte esse sentimento é provocado porque estamos “fora de centro”, agitados, ansiosos e inquietos.

Como lidar com esse sentimentos de insegurança e receio? Primeiro, reconhecendo que são sentimentos. Ninguém “é” , mas sim “está”. Segundo, estabelecendo momentos de parada, ou seja, interrupção das atividades atrelada à retomada da percepção da respiração (isso deve ser feito a cada duas horas), garantindo que durante o dia façamos uma atividade que nos dê satisfação (tem que ser feita com presença, ou seja, se dando conta de que esta fazendo “aqui e agora”).

Em fazendo essas pequenas ações você notará que os sentimentos vão diminuir, sua percepção vai ampliar (maior lucidez), suas decisões serão mais racionais, seu sono vai melhorar e seu bom-humor irá retornar.

Mas tem que fazer isso todos os dias. No começo a resistência ao fazer será maior porque você não esta no seu melhor nível de autocontrole. Mas, com o tempo e a insistência, você colherá os benefícios.


No entanto, se com essas iniciativas, os sentimentos não baixarem de intensidade ou ate mesmo desaparecerem procure ajuda de especialistas.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Uma dica para se sentir melhor

Vivemos em uma cidade onde a maioria das pessoas encontra-se agitada, irritada, tensa e cansada por conta da correria, do transito, da sensação de falta de segurança entre outros aspectos. Temos a impressão de que  a maioria de nós esta por explodir, podendo vir a agredir quem estiver mais próximo. Viver nesse clima desperta sensação de insegurança, insatisfação e até medo.

Como esse estado de coisas é permanente, nosso cérebro o capta com maior facilidade e registra como se fosse um estado constante. Mesmo que estejamos distantes, por alguns momentos, horas e até dias desse “clima”, continuamos a perceber as coisas dessa forma.

O que podemos fazer para nos sentir melhor. Ai vai a dica:

a)    lembrar que o que percebemos que acontece ao nosso redor precisa ser “atualizado”, ou seja, precisamos olhar e ver o que realmente esta acontecendo e não o que vem ao pensamento, de forma automática, a partir do nosso subconsciente. Perceba que o que vem à cabeça geralmente é um pensamento ruim, de que algo vai acontecer, de que temos muito o que fazer, de que isso ou aquilo não esta como gostaríamos que estivesse, etc.
b)    buscar conviver e/ou buscar a convivência com pessoas com as quais nos sentimos bem. Dessa forma conseguimos, além de trocar “energias boas” relaxar porque não nos sentimos ameaçados.
c)    procurar ocupar nossa mente com pensamentos “leves” e “positivos” como, por exemplo, uma viagem que fizemos e gostamos; situações onde estivemos e nos sentimos bem. Ou seja, precisamos trazer à mente lembranças de momentos bons pelos quais passamos. Isso provoca sentimentos agradáveis.

d)    Sempre que possível, viver “aqui e agora”, evitando ficar envolvido em pensamentos do que foi ou de que achamos que virá a ser.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Estresse

Faz alguns anos a maioria das pessoas se queixa de estresse. Você mesmo já deve ter feito isso inúmeras vezes. Mas o que é o estresse e porque ele acontece?

Primeiro o que não é estresse. Quando estamos cansados, porque trabalhamos um dia todo, ou recebemos visitas em casa num domingo e no final do dia estamos irritados e impacientes, esses sintomas são, provavelmente, resultado do cansaço e, portanto, podem ser um fato isolado por conta do dia intenso. Não é estresse.

Sintomas como insônia, dores de cabeça, irritabilidade, baixa disposição para se levantar pela manhã, picos de ansiedade, baixa concentração, aumento ou baixa do apetite, entre outros devem ser pesquisados se presentes por volta de três meses. Isso porque podem ou não ser estresse. A primeira coisa que se deve fazer é ir a um medico e pesquisar se há algum componente físico que esta causando algum desses sintomas. Não deixe pra lá. Não ache que “é assim mesmo”. Pesquise!

Mas, se você pesquisou e não encontrou nada físico é estresse. E quem é o grande vilão: seu estilo de vida. Transito, trabalho, dificuldades financeiras, pessoas fisicamente doentes em casa, filhos, conflitos, entre outras situações às quais todos nós estamos sujeitos, podem nos levar ao estresse dependendo de como lidamos com elas.

Nesse caso faça uma lista do que te incomoda: situações da sua vida que te deixam desconfortável. Agora é reaprender a lidar com elas de um jeito diferente, que te faça menos mal. E, se não conseguir pensar “fora da caixa”, procure apoio de uma pessoa isenta.


E fica o alerta: estresse ainda não é considerado uma doença, mas pode causar danos psicológicos, emocionais e físicos muito sérios! Aprenda a considerar os sinais e a tomar providências para reverte-lo reaprendendo a lidar com as situações da sua vida!

terça-feira, 3 de maio de 2016

O estilo de vida e seu impacto na (sua) saúde

O estilo de vida é o conjunto de comportamentos, padrões, costumes, hábitos e atitudes que estabelecemos com frequência, ou seja, de forma recorrente. É responsável por nossa qualidade de vida e, portanto, afeta diretamente nossa saúde.

Depressão, ansiedade, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, síndrome do pânico, entre outros estados de doença e/ou mal estar e insatisfação tem o estilo de vida como um dos fatores em comum que os causam. O ambiente e a genética também contribuem, mas vários estudos tem demonstrado que o estilo de vida é o que maior impacto tem.

Vejamos alguns exemplos: acidentes de carro são em 69% das vezes causados pelo estilo de  vida; homicídio 63%; suicídio 60%; câncer 37%; AVC 50%, etc. (fonte: Centers of Desease Control and Prevention).

Para que o nosso estilo de vida tenha um impacto positivo na nossa saúde temos que: manter uma alimentação saudável, dormir de 8 a 9h, prevenir doenças sexualmente transmissíveis e uso de drogas (o que inclui cigarro e bebida), manter pratica de atividades físicas pelo menos 3 vezes por semana, garantir vida social (amigos e família), desenvolver nosso lado espiritual e cuidar do nosso orçamento financeiro evitando gastar o que no momento não temos.

Outro aspecto importante é identificarmos fatores que nos estressam e, procurar dentro do possível, eliminá-los da nossa vida. Esses “aspectos” podem ser desde uma torneira que pinga e nos irrita, até um cabelo a ser cuidado, um tapete que não gostamos, um sofá que esteja sujo, uma mesa de trabalho com pilhas de papel, etc. Vale a pena listar todos e ir eliminando os mais fáceis.

Então, mãos a obra. Ponha no papel o que te incomoda (fatores estressores) e, lembrando as diferentes perspectivas do que vem a ser seu estilo de vida, identifique metas para garantir que façam parte do seu dia a dia.


Cuidando de você, garantindo um estilo de vida agradável e saudável, certamente você ira se sentir mais feliz e satisfeito, além de prevenir doenças. Só depende de você. Pense nisso.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cuidado com a crise (provocada)!

Ontem estava, com meus alunos, refletindo sobre os desafios que as organizações enfrentam para extrair o melhor de  seus colaboradores e manter os níveis de estresse baixos nos ambientes organizacionais.

Foi quando o assunto “crise” surgiu nos debates. Desde o inicio do ano ouvimos que estamos em crise, que a crise a cada dia se agrava, que o Pais não vai conseguir sair da crise tão cedo, que tudo aumenta, que vamos perder o grau de investimento, que o Governo esta desgovernado, que as relações estão em crise, etc.

E é assim que a crise, provocada por meio dessas mensagens, esta tomando conta das nossas vidas! Vários pensamentos sombrios, “negativos”, pessimistas, assustadores, paralisantes acabam por   tomar conta do que pensamos e, consequentemente, passamos a acreditar que estamos em crise! Será?

Pense bem. Você esta em crise? Mesmo? E porque? Quais fatos, aspectos, situações na sua vida atual, do ponto de vista prático, te levam a ter a certeza de que esta? Salvo o aumento do preços da luz, combustíveis e alimentos – o que não significa crise – o que esta acontecendo que pode te levar a ter a certeza de que está (ou estamos todos) em crise?

O bombardeio de noticias sobre mais um momento ruim da economia brasileira (já que não é o primeiro e não será o ultimo) esta levando as pessoas, de maneira geral, a criar a ideia de que estão em crise. E a maioria delas chega ficar com medo – medo construído pelo conteúdo do pensamento que vem carregado da palavra crise, ouvida quase que o dia todo...

Para refletir ainda mais sobre essa “ideia de crise”, pergunte-se (além do que ja foi perguntado no terceiro parágrafo) o que é crise para você? Difícil de responder, não é? Então: cuidado com a palavra e com o significado que ela tem. A partir do momento que você coloca a palavra na sua cabeça e começa a pensar nela você reproduz toda uma cadeia de sentimentos e pensamentos relacionados.

Dessa forma, como vivemos um “sentimento de crise", e levamos esse sentimento para dentro das organizações (e demais espaços sociais), acabamos por aumentar nosso estresse porque, além daquele ocasionado pela atividade do trabalho, trazemos “das ruas” o “medo da crise” e a insegurança de acharmos que amanha podemos viver dias piores por conta da “crise”. Mas, que crise é essa?

Então, pare de “pensar crise”, tire esse pensamento da cabeça. Coloque no pensamento o que esta acontecendo no momento, e evite “pré-ocupar” a cabeça com pensamentos abstratos como esse de “crise”.

Mude a conversa quando outros quiserem te contaminar com o tal “pensar na crise”. Veja menos TV e ouça menos noticiário até você retomar o seu controle saindo dessa “onda de crise” e separar o que é de fato daquilo que parece ser.