sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O que significa o dinheiro na sua vida?

É uma boa pergunta, com respostas diferentes mas que na sua maioria estão relacionadas a segurança. E ai é que começa o absurdo. Com pode nossa segurança estar atrelada a algo externo a nós? O pior é que aprendemos desde cedo que temos que trabalhar para ganhar dinheiro e, consequentemente, ter segurança. Outro absurdo: “temos que trabalhar pelo dinheiro”.  Ai o dinheiro acaba por ser imprescindível para se ter segurança, e o trabalho – que neste contexto perde seu significado, virando algo mecânico e obrigatório – um “mal necessário” sem o qual não se vive.

Se você foi educado assim (o que provavelmente foi, já que esta “visão” é cultural), criou um hábito de pensar dessa forma. Ou seja, automaticamente e inconscientemente você dirige sua referência de segurança para o dinheiro e vive naquela ansiedade em ganhar para garantir a segurança. Isso é tão forte que você fica como que com uma ideia fixa de que tem que ganhar dinheiro para ter segurança, fazendo dessa meta quase que o sentido da sua vida.

E para deixar essa linha de pensamento enraizada ainda algumas famílias dizem que tudo custa caro, que não tem dinheiro para isso ou aquilo, etc.  As frases “não tem dinheiro” e “estou sem dinheiro” passam a ser as mais mencionadas na educação diária.

Com essa educação diária somos levados a construir crenças que direcionam nossa mente para uma entidade abstrata que é o dinheiro. Não é à toa que muitos de nós vivemos angustiados e ansiosos.

O que fazer? Primeiro identificar se o que foi descrito acontece com você. Depois quebrar a crença.  Para isso deve a cada vez que ela assola (assola mesmo!) a sua mente repetir para você mesmo: isso é uma crença. Depois dominar suas capacidades entre as quais a administração de um dos produtos do seu trabalho que é o dinheiro. Separe-se dele e aja sobre ele. Por exemplo: o dinheiro é um bem, o que faço com ele? Uso para pagar contas diárias, para lazer, para aplicar (poupança, imóveis, aplicações, etc.). Pergunte-se: o que faço com um bem que eu tenho que é o dinheiro? E evite o pensamento trabalho para ter dinheiro. Trate uma coisa separada da outra. E nessa linha de raciocínio resinifique o seu trabalho. O dinheiro deve ser um dos motivos, e não o motivo.




domingo, 16 de novembro de 2014

A arte (e a vontade) de mudar

Fazer diferente, mudar, agir na direção que queremos: porque é tão difícil?

Temos uma tendência a permanecer no que é conhecido. Assim, mesmo que estejamos em momentos ruins, nosso cérebro entende que é menos ruim do que se for uma situação desconhecida. Dessa maneira, por medo, duvida ou receio sentimos insegurança e, por consequência, permanecemos onde e como estamos.

Se existe a intenção de mudar (porque pode não existir – tratarei deste tema em outro post), temos que entender que esperar que a sensação de medo venha a diminuir ou desaparecer não vai ocorrer. Somos criaturas de hábitos e o nosso cérebro se acostuma com a situação e mantém a repetição do hábito, mesmo que esse hábito nos pareça não ser a melhor opção.

Leia a frase: “eu gostaria de....mas....”. Preencha. Note que depois do “mas” geralmente vem uma frase ou palavra paralisante e de fundo emocional. Muito provavelmente é o “espelho do hábito”. Ou seja, a frase que o seu cérebro repete a maioria das vezes (se não todas) que você precisa fazer algo de diferente e que você sabe que seria muito bom para você já que te faria sentir muito melhor.

O que fazer para mudar? Algumas sugestões:
a)     identifique suas frases paralisantes. São algumas repetidas pelo cérebro em situações diferentes, mas geralmente as mesmas.
b)     Mude a frase e coloque a nova frase no “circuito” de forma intencional. Por exemplo. Digamos que a frase paralisante seja “eu não consigo”. Troque intencionalmente por ”eu consigo”.
c)     Repita para você: “a insegurança que sinto ou o receio que tenho são reações comuns, esperadas e conhecidas sempre que quero mudar alguma coisa em minha vida. Portanto, são do momento, não são o fim em sim mesmas. Assim, por serem do momento não refletem minha vida.”.
d)     Mude a frase: “eu gostaria muito de mudar e posso fazer “a,” “b”, “c”, “d” ou “e” coisas para me sentir melhor. Desta forma você dá opções para o cérebro. E complemente: “se eu mudar para “a” consigo “x”, se eu mudar para “b” consigo “y”, e assim por diante. O cérebro precisa ter alternativas previsíveis.

e)     Lembre que é um treino de mudança de hábito. Assim, não se cobre se em alguns momentos não tem o sucesso merecido. A cada passo comemore a retomada do  seu controle sobre sua vontade. A cada mudança realizada reconheça que é possível mudar. E exercite. Mudar uma maneira de pensar que é habitual requer treino. Mas conseguir uma mudança atendendo a um desejo nosso não tem preço. É muito gratificante.