É uma boa pergunta, com respostas
diferentes mas que na sua maioria estão relacionadas a segurança. E ai é que
começa o absurdo. Com pode nossa segurança estar atrelada a algo externo a nós?
O pior é que aprendemos desde cedo que temos que trabalhar para ganhar dinheiro
e, consequentemente, ter segurança. Outro absurdo: “temos que trabalhar pelo
dinheiro”. Ai o dinheiro acaba por ser imprescindível
para se ter segurança, e o trabalho – que neste contexto perde seu significado,
virando algo mecânico e obrigatório – um “mal necessário” sem o qual não se
vive.
Se você foi educado assim (o que
provavelmente foi, já que esta “visão” é cultural), criou um hábito de pensar
dessa forma. Ou seja, automaticamente e inconscientemente você dirige sua
referência de segurança para o dinheiro e vive naquela ansiedade em ganhar para
garantir a segurança. Isso é tão forte que você fica como que com uma ideia
fixa de que tem que ganhar dinheiro para ter segurança, fazendo dessa meta quase
que o sentido da sua vida.
E para deixar essa linha de
pensamento enraizada ainda algumas famílias dizem que tudo custa caro, que não
tem dinheiro para isso ou aquilo, etc.
As frases “não tem dinheiro” e “estou sem dinheiro” passam a ser as mais
mencionadas na educação diária.
Com essa educação diária somos
levados a construir crenças que direcionam nossa mente para uma entidade
abstrata que é o dinheiro. Não é à toa que muitos de nós vivemos angustiados e
ansiosos.
O que fazer? Primeiro identificar se
o que foi descrito acontece com você. Depois quebrar a crença. Para isso deve a cada vez que ela assola
(assola mesmo!) a sua mente repetir para você mesmo: isso é uma crença. Depois
dominar suas capacidades entre as quais a administração de um dos produtos do
seu trabalho que é o dinheiro. Separe-se dele e aja sobre ele. Por exemplo: o
dinheiro é um bem, o que faço com ele? Uso para pagar contas diárias, para
lazer, para aplicar (poupança, imóveis, aplicações, etc.). Pergunte-se: o que
faço com um bem que eu tenho que é o dinheiro? E evite o pensamento trabalho
para ter dinheiro. Trate uma coisa separada da outra. E nessa linha de
raciocínio resinifique o seu trabalho. O dinheiro deve ser um dos motivos, e
não o motivo.