domingo, 16 de novembro de 2014

A arte (e a vontade) de mudar

Fazer diferente, mudar, agir na direção que queremos: porque é tão difícil?

Temos uma tendência a permanecer no que é conhecido. Assim, mesmo que estejamos em momentos ruins, nosso cérebro entende que é menos ruim do que se for uma situação desconhecida. Dessa maneira, por medo, duvida ou receio sentimos insegurança e, por consequência, permanecemos onde e como estamos.

Se existe a intenção de mudar (porque pode não existir – tratarei deste tema em outro post), temos que entender que esperar que a sensação de medo venha a diminuir ou desaparecer não vai ocorrer. Somos criaturas de hábitos e o nosso cérebro se acostuma com a situação e mantém a repetição do hábito, mesmo que esse hábito nos pareça não ser a melhor opção.

Leia a frase: “eu gostaria de....mas....”. Preencha. Note que depois do “mas” geralmente vem uma frase ou palavra paralisante e de fundo emocional. Muito provavelmente é o “espelho do hábito”. Ou seja, a frase que o seu cérebro repete a maioria das vezes (se não todas) que você precisa fazer algo de diferente e que você sabe que seria muito bom para você já que te faria sentir muito melhor.

O que fazer para mudar? Algumas sugestões:
a)     identifique suas frases paralisantes. São algumas repetidas pelo cérebro em situações diferentes, mas geralmente as mesmas.
b)     Mude a frase e coloque a nova frase no “circuito” de forma intencional. Por exemplo. Digamos que a frase paralisante seja “eu não consigo”. Troque intencionalmente por ”eu consigo”.
c)     Repita para você: “a insegurança que sinto ou o receio que tenho são reações comuns, esperadas e conhecidas sempre que quero mudar alguma coisa em minha vida. Portanto, são do momento, não são o fim em sim mesmas. Assim, por serem do momento não refletem minha vida.”.
d)     Mude a frase: “eu gostaria muito de mudar e posso fazer “a,” “b”, “c”, “d” ou “e” coisas para me sentir melhor. Desta forma você dá opções para o cérebro. E complemente: “se eu mudar para “a” consigo “x”, se eu mudar para “b” consigo “y”, e assim por diante. O cérebro precisa ter alternativas previsíveis.

e)     Lembre que é um treino de mudança de hábito. Assim, não se cobre se em alguns momentos não tem o sucesso merecido. A cada passo comemore a retomada do  seu controle sobre sua vontade. A cada mudança realizada reconheça que é possível mudar. E exercite. Mudar uma maneira de pensar que é habitual requer treino. Mas conseguir uma mudança atendendo a um desejo nosso não tem preço. É muito gratificante.

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