segunda-feira, 30 de junho de 2014

Atenção lideres: desenvolver lideres = engajar e reter pessoas, e bater metas.

Já é batido dizer que desenvolver lideres e colaboradores é fator critico para o sucesso das organizações. Mas porque lideres não cuidam de algo tão básico? Falta de tempo, de paciência, acham difícil, dá trabalho?

É certo que desenvolver pessoas é um fator critico para o sucesso de qualquer organização. Se você não desenvolver as pessoas qualquer iniciativa não se sustenta, as pessoas não se sentem valorizadas, você não cria um vinculo delas para com a organização, elas não vêm perspectiva de crescimento, as necessidades que elas têm de conhecimento e aprendizado não são suficientes para atender ao trabalho, e além disso não batem ou batem na “trave” as metas fazendo o que é suficiente.

Pesquisa, conduzida pela Deloitte[1] ouviu mais de 2500 empresas, conclui que desenvolver lideres e engajar pessoas são os maiores desafios na área de gestão do capital humano. O link da pesquisa encontra-se em nota de rodapé. Mas a pesquisa não revela o porque isso não é feito e se feito porque não é com o cuidado e constância necessários para que as empresas mantenham sua sustentabilidade.

O que se vê é lideres ameaçando pessoas de forma implícita evitando assedio moral. Às vezes passam a impressão de que têm mais cuidado com isso do que com a oportunidade de desenvolver para garantir retorno junto à consecução das metas. Muitos lideres ainda não perceberam que se fizerem isso aumentam a probabilidade de que as pessoas tenham medo de perder o emprego porque estão sendo ameaçadas e não porque a empresa é uma lugar onde elas se sintam fazendo a diferença.

O conhecimento e sua aplicação seduzem as pessoas além de contribuir para com a saúde mental e psicológica. Dessa forma, reter é resultado do clima organizacional e não das ameaças. Mas para isso lideres têm que se dar ao trabalho de desenvolver pessoas constantemente, de forma direcionada ao que o trabalho necessita delas. A necessidade motivacional que todos nós precisamos que seja atingida é a de nos sentirmos uteis. Portanto, toda ação de desenvolvimento deve necessariamente estar relacionada com a necessidade de entrega. Treinar por treinar, desenvolver por desenvolver, não ajuda a engajar para bater metas e muito menos para reter pessoas.









domingo, 29 de junho de 2014

Não confunda técnica com sentimentos.

Não confunda técnica com sentimentos.

Somos humanos o que nos faz, geralmente, interpretar os fatos que acontecem nas nossas vidas a partir de um ponto de vista pessoal. Assim, se achamos que o mercado não esta bom para se fazer negócios, que a economia está instável, que as pessoas são difíceis de lidar, que os jovens de hoje (geração Y) só quer saber de ganhar dinheiro rápido, e outros “jargões” que nos cercam (você pode enumerar aqueles que vêm a sua cabeça...) etc. vamos “ver”, “interpretar” e “reagir” a partir da maneira como vemos as coisas. Acrescenta-se a essa tendência as crenças que já trazemos conosco dede a infância com por exemplo medo de errar, achar que vai ser difícil, ter a certeza de que não vão gostar da sua opinião, etc. (aqui também você pode listar outras crenças que são suas).

“Pegar” fatos que acontecem e generalizar como se fossem A verdade, e trazer pensamentos à mente como se fossem velhos amigos é que faz com que muitos lideres confundam o lado pessoal e humano com o lado técnico e pragmático.

Se você faz uma análise SWOT e descobre aspectos positivos e preocupantes a respeito da economia, ótimo. Significa isso: dados colhidos, a partir de uma análise técnica e isenta, da realidade.  De forma técnica você vai identificar ações para minimizar os preocupantes e aproveitar os positivos. Assim, se o mercado tem tido a tendência em ter vários prestadores do mesmo serviço ou serviços semelhantes talvez você deva diversificar e não ficar com medo de perder o cliente. O medo de perder o cliente (medo que é seu já que não perdeu: é uma fantasia ou expectativa) pode leva-lo a perder mesmo já que você não conseguirá enxergar alternativas em função da insegurança que o medo provoca.

O que pensamos dirige nossa maneira de enxergar a vida. Se você acha que tudo é difícil vai enxergar assim, vai agir a partir dessa premissa e provavelmente vai ter dificuldade em lidar com as situações que a vida apresenta, na medida em que acontecem a cada momento, encontrando soluções para aquelas que realmente são (e não imaginariamente seriam) difíceis, e que na naquele momento É um problema

Aqui vai uma sugestão para melhorar sua eficiente e tornar sua vida mais “leve”. Faça duas colunas em um papel. De um lado coloque os fatos e do outro suas crenças. Preste atenção nos fatos e corte os pensamentos resultado das crenças mantendo sua atenção nos fatos previamente identificados e escritos. Dessa forma você vai se libertar das crenças e agir de maneira livre, proativa e resolutiva sobre os fatos. Experimente.





segunda-feira, 23 de junho de 2014

Sobre a criatividade e a curiosidade, sobre CEOs e sobre todos nós.

Criatividade: fundamental para CEOs e para todos na construção por empresas competitivas e pessoas felizes.

“Toda criança é um artista.
O problema é o como manter-se
artista depois de crescido.”
Pablo Picasso

A criatividade é uma das competências mais importantes que um CEO deve ter de acordo com a pesquisa da IBM (2010[1]). Embora a pesquisa tenha sido feita com CEOs, sem criatividade o trabalho das pessoas não gera novas soluções e portanto não gera valor na vida extraordinariamente diversificada e multifacetada a que estamos sujeitos. E se não gera valor não compramos.

Mas o que é criatividade? Para Angelita Correa Scardua é “a capacidade para elaborar soluções criativas, parte fundamental da organização mental de qualquer pessoa. Uma criança, por exemplo, que ao começar a andar descobre que os móveis podem servir-lhe de apoio para facilitar o deslocamento, realiza um ato criativo. Como a criança que começa a vivenciar o mundo, todos os dias, todos nós, temos a chance de sermos criativos. Se isso não acontece com frequência é porque as condições para exercer o potencial criativo não estão sendo adequadamente vivenciadas[2]”.  Vale a pena ler o texto da autora.

Ken Robinson complementa dizendo ser a “criatividade o processo de ter ideias originais que possuam valor com bastante frequência. Se manifestam através da interação de diferentes formas disciplinares de se ver as coisas” em https://www.youtube.com/watch?v=aQym7WkF5ks Fantástico o vídeo.

Com isso estaríamos sendo criativos quando “concebemos alguma coisa sem a necessidade de ser pratico ou factível” segundo Adriano R. Lima especialista em inovação, autor do livro Innovatrix. Para o pesquisador se construímos formas e soluções incomuns podemos inovar já que a inovação é criatividade executada”. Conheça mais em http://www.arlima.com.br/ 

Mas como sermos criativos? Uma das formas é resgatando nossa capacidade em sermos curiosos. Parece haver uma relação entre ser curioso e criativo. Mas o que seria a curiosidade? Talvez um ímpeto em investigar, descobrir. 

É fato que ser curioso é muito bom, nos lembra a infância e traz uma certa leveza e sentimento de felicidade.  Chega a nos despertar uma inspiração para imaginar e criar. Talvez nós devêssemos nos comportar como crianças no que se refere à curiosidade: explorar o mundo como se tudo fosse um espaço desconhecido a ser explorado.

Resgatemos a curiosidade, permitamo-nos a criatividade aumentando a probabilidade em sermos inovadores. Com isso seremos mais felizes, menos ansiosos e depressivos, e mais humanos.







terça-feira, 17 de junho de 2014

Ser feliz, apesar do trabalho, e a produtividade nos ambientes de trabalho.

É impressionante como ouço pessoas dizendo que o trabalho as faz infeliz. De fato isso é mais frequente do que deveria ser (para o bem das pessoas e das empresas).

Imagine que vivemos no Século XXI e, a despeito do conhecimento que temos à nossa disposição que não se tinha no inicio do século passado, a minoria de empresas e lideranças aplica esse conhecimento nas suas empresas evitando e/ou minimizando o estresse resultado da insatisfação que as pessoas vivenciam em seus ambientes de trabalho.

No meu ultimo post citei Cristophe Dejours[1] (p.134) e o farei novamente. O autor afirma que o trabalho pode ser favorável se atender a uma das duas condições abaixo:
-       “as exigências intelectuais, motoras ou psicossociais da tarefa estão, especificamente, de acordo com as necessidades do trabalhador considerado, de tal maneira que o simples exercício da tarefa esta na origem de uma descarga e de um ‘prazer de funcionar’”.
-       O conteúdo do trabalho é fonte de uma satisfação sublimatória: situação, que a bem dizer, é rara em comparação com a maioria das tarefas, encontrada em circunstâncias privilegiadas, onde a concepção do conteúdo, do ritmo de trabalho e do modo operatório é, em parte, deixada ao trabalhador. Este pode, então,  modificar a organização de seu trabalho conforme seu desejo ou suas necessidades; no melhor dos casos, ele pode até fazê-la variar, espontaneamente, com seus próprios ritmos biológicos, endócrinos e psicoafetivos, seguindo para isso sua vivencia subjetiva que, podemos mostrar, é frequentemente um excelente guia de proteção da homeostasia”.

Poucas empresas adotam uma gestão onde o funcionário decide sobre a forma de trabalhar atendendo aos seus anseios de carreira e contribuindo para com o atingimento dos objetivos da empresa.

Um exemplo de empresa que trabalha de forma diferente da convencional é a da Valve (   http://forum.nintendoblast.com.br/t31539-melhor-empresa-de-games-para-se-trabalhar-chama-se-valve ). Talvez outro exemplo  seja a Google( http://culturadaorganizacao.blogspot.com.br/2012/06/o-google-e-sua-cultura-organizacional.html ).

Nessas empresas há fortes indícios de que os colaboradores se envolvem e entregam seu trabalho, ou seja, o que têm de capacidade para criar e construir na forma de produtos e serviços que os clientes dessas empresas precisam.  Assim, como diz Dejours, de forma sublimatória, colocam sua energia na construção e  desenvolvimento do que sabem fazer respeitando seu ritmo, suas aspirações e possibilidades. Como resultado são felizes com o trabalho e experimentam baixo nível de estresse.

Mas porque será que apesar desse estudo e de muitos outros que comprovam que se o individuo trabalhar no que gosta e como gosta é mais produtivo as empresas não adotam modelos de gestão que favoreçam um trabalho significante? Será que os lideres não acreditam nas pessoas? Ou mesmo neles mesmos, na sua capacidade em gerar resultados por meio da motivação dos seus liderados? Será falta de desconhecimento? Será receio de falhar?

Aguardo seu comentário para nos ajudar a entender melhor os motivos. Se você souber de alguma pesquisa a respeito ou mesmo de outras empresas mais inovadoras na forma de gestão que atenda aos anseios de seus colaboradores deixe registrado.






[1] DEJOURS, C. A loucura do trabalho. 5a.ed. São Paulo: Cortez-Oboré,1999.