quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Você sabia?

Você sabia que pesquisas têm demonstrado que os seres humanos tem uma necessidade fundamental de “pertecimento” (sentirem-se pertencendo e aceitas em grupo), sendo incrivelmente sensíveis ao seu contexto social, tendo aversão à exclusão social? E que a intensidade percebida quanto ao atendimento dessa necessidade impacto fortemente no seu estado motivacional?

Esse e outros achados da neurociência têm demonstrado que devemos considerar as respostas sociais e emocionais, bem como as necessidades dos outros para que possamos compreender nossos comportamentos/respostas (e dos outros). Pesquisas nessa área apontam que nós seres humanos somos extremamente sensíveis do ponto de vista social. Em outras palavras: “nosso cérebro é um o
órgão social. Suas reações psicológicas e neurológicas são diretamente e profundamente formatadas por interações sociais” (David Rock, 2006).

Conhecer como nosso cérebro reage aos estímulos do meio ambiente, o que vem sendo estudado por meio da neurociência, pode nos ajudar a direcionar o entendimento dos fatos, evitando “leituras” ameaçadoras bem como a lidar melhor com as pessoas com quem convivemos minimizando situações de conflito.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Você é feliz?

Mas o que é felicidade para você? Talvez sentir-se bem, talvez “não ter qualquer tipo de problema”, talvez “ter tudo o que quer”. Provavelmente, se você parar para pensar o que é ser feliz poderá fazer deste “conceito" algo quase que impossível de atingir, e ai sim, deixar de se sentir feliz. Dessa forma, uma das ações que devemos ter para nos sentirmos “mais” felizes é não imaginar situações “perfeitas”. E que, se ocorrerem, lembrar que são momentâneas.

Ser feliz é o resultado de vários aspectos e experiências da vida. Para que você possa experimentar momentos de felicidade mais frequentes, uma das ações que deve tomar é viver o presente, ou seja, “ficar no presente”. Viver em si já deveria te deixar feliz. Se você realmente entender que a vida em si já é algo surpreendente, estar vivo e se dar conta disso também pode ser surpreendente. Mesmo que no momento você não tenha “tudo o que quer”, estar vivo e poder ter a possibilidade de realizar já é uma experiência muito boa. E mesmo que você tenha alguma incapacidade, por exemplo, no momento como estar doente, mesmo assim pode ser uma experiência boa se você se permitir outras possibilidades tais como seus relacionamentos, seu trabalho, olhar e se permitir observar o movimento da vida,  etc. Para fazer isto você precisa treinar seu pensamento: permitir-se “olhar para fora” e constatar o dinamismo da vida e evitar “preocupar-se” (fazer do futuro o seu presente).

Outra atitude que pode dificultar momentos de felicidade é a inveja. É do ser humano sentir inveja: querer o que o outro tem, ser o outro, achar que o outro é melhor e mais feliz do que você, etc. Esse tipo de comparação e de sentimento não ajuda em nada na construção da nossa felicidade. E nessa linha poderíamos acrescentar outro sentimento, que a maioria de nós tem também, em maior ou menor grau: o orgulho. Muitas vezes agimos com orgulho porque achamos que situações da vida não estão condizentes com nosso merecimento. Esse sentimento pode funcionar como proteção de si mesmo. Mas como tudo na vida, o excesso pode ser prejudicial porque faz com que você mantenha na sua mente situações que já ocorreram e impeça que novas experiências façam parte da sua vida. Com relação a esses dois sentimentos, vale você pensar o quanto (intensidade e frequência) têm feito parte da sua vida e buscar minimizar sua intensidade e frequência e, quem sabe, evita-los já que, como escrevi, podem estar impedindo que você seja feliz exatamente porque “paralisam” seus pensamentos e a possibilidade de viver novas experiências. São sentimentos complexos (e que para cada um de nós têm seus significados), mas de qualquer forma vale refletir sobre quanto podem estar diminuindo a possibilidade de viver o presente.    


Longe (longe mesmo!) de querer esgotar um tema tão importante e complexo, a ideia deste post foi a de fazê-lo parar para refletir o quanto você mesmo esta impedindo que momentos de felicidade sejam mais intensos e frequentes na sua experiência do viver a vida. Viver bem e ser feliz são momentos que, em parte, dependem de nós mesmos, da maneira como nos permitimos mentalmente a experiência do viver. A vida é feita de “muitos girassóis”.