quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Pessoa e trabalho: a fragmentação da vida que já dura mais de um século

Dentre as atividades profissionais que exerço promovo o desenvolvimento do estar em competência nos ambientes organizacionais.

Tenho muito a comentar sobre a vida das pessoas nas organizações. Mas hoje quero falar da cisão entre o homem (seus comportamentos, sentimentos e aspectos emocionais) e o trabalho que executa.

Você já reparou que as pessoas falam do trabalho que fazem como se não fossem elas que estivessem fazendo. Falam do trabalho e da empresa como algo à parte: o trabalho acontece (como se não fosse resultado da ação humana) e a empresa é um ente sem vida, sem emoção, distante e autoritário a quem todos se submetem de alguma forma.

Só que o trabalho é resultado do esforço de quem o executa, portanto uma experiência humana, uma expressão da vida da pessoa. E a empresa é o resultado do trabalho de muitas pessoas, portanto são pessoas trabalhando e produzindo em grupos e equipes. A empresa é pessoas. Pessoas que fazem, vivem, sentem e entregam alguma contribuição para aquela comunidade (empresa) onde passam a maior parte do tempo de suas vidas.

Enquanto o trabalho for visto como algo externo à pessoa, do qual ela não é o principal ator, executor, criador; e, as empresas vistas como entes sem vida e “poderosos” que fazem mal e do qual as pessoas não têm qualquer participação na sua construção continuaremos nos sentido infelizes e insatisfeitos pois não estaremos participandodessa perspectiva de nossas vidas e que é tão importante para que possamos nos sentir uteis, contributivos e satisfeitos porque aprendemos, transformamos e ajudamos, a cada dia, a construir relações que alimentam relaçõesentre os seres humanos em ambientes organizacionais.

E, para aqueles que lideram pessoas em organizações: manter o resultado como foco e não o comportamento que produz o resultado como o foco é promover resultados abaixo do que as pessoas têm condições de entregar. E mais, é contribuir para com que as pessoas sintam-setristes, insatisfeitas e pouco contributivas (produtivas).

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