segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Não podemos transferir experiência: reflita

Leia com calma e veja o que entende do paragrafo abaixo:

O processo de construção de significados – que é pessoal –  realiza-se na interface entre emoção, cognição e experiência a partir da participação ativa do indivíduo. Esse processo (individual) forma um conjunto de valores e crenças que sustenta a tomada de decisão, o processo de julgamento e as ações das pessoas.

A frase acima, para ser explicada, precisaria de muitos posts, mas podemos abstrair que, em sendo esse processo de construção de significados uma experiência única, da pessoa que o vivencia, jamais alguém poderá dizer que sabe como o outro se sente, que consegue experimentar as emoções que o outro experimentou ou ter a mesma interpretação que ele teve do que viu, sentiu, ouviu etc.



Somos seres únicos. Isso é fantástico. Porém, como a maioria de nós não sabe disso (e não fomos educados a saber) acabamos por deduzir pelo outro ou mesmo achar pelo outro. “E esta feita confusão”. Vivemos em conflito conosco e com os outros porque não entendemos porque agimos, pensamos e sentimos determinadas coisas e nem mesmo quem nos cerca sabe explicar as razões de suas reações. Isso porque o “processo de construção de significados” é edificado ao longo da vida e a todo o momento. Ele é complexo e rico (resultado de nossas interações diárias com pessoas, objetos e ambiente) e, mesmo que façamos psicoterapia a vida toda, conheceremos bastante da nossa historia, mas não toda ela.

Nesse contexto o que a psicoterapia nos ajuda, entre outras coisas, é a entender como damos significados às nossas experiências e, quando possível (porque nem sempre é, como já escrevi) entender a origem desses significados. Com isso nos toleramos mais, melhoramos nossa autoestima e respeitamos mais as pessoas que nos cercam.

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