Fabio Betti[1] em
novembro de 2013 apresentou dados de uma pesquisa intitulada “Liderança
Feminina – Mulheres no Mercado de Trabalho”, realizada em setembro de 2012 pelo
Grupo DMRH, HSM Management e Next View com 2.288 participantes. Perfil: 99% com
formação superior completa, 79% pós-graduadas; 54% sem filhos; e a imensa
maioria, 78%, trabalhando acima de 8,5 horas diárias. O tempo de 70% diário dessas mulheres é reservado à
carreira ou a assuntos ligados a ela, como estudos e autoconhecimento, enquanto
20% fica para a vida familiar e apenas 10% são destinados para a vida pessoal.
O resultado retrata que
no Brasil a cada 4 cargos da alta administração, apenas 1 é ocupado por
mulheres. De cada 100 empresas, apenas 3 tem CEO mulheres. A Austrália, país
que lidera essa lista, registra 30% dos cargos de CEO nas mãos de mulheres. O
Brasil é o 38o. país do ranking, junto com Botsuana, e a Argentina
está na 4a. posição, com 23% de CEOs mulheres.
E para complementar,
aponta dados de 2011 do IDG (Índice de Desigualdade de Gênero) da ONU – que
mede a desigualdade entre homens e mulheres no que se refere a mercado de
trabalho, saúde reprodutiva e empoderamento – onde ocupamos o 80o.
lugar de um total de 187 países. No entanto o Pais vem diminuindo essa desigualdade
segundo dados do Banco Mundial indicando a participação das mulheres, que têm
entre 15 e 64 anos de idade no mercado de trabalho, saltando de 39% em 1990
para 60% em 2007, e segundo o IBGE (2003) as mulheres respondiam por 44,4% da
população economicamente ativa, número que já é de 46,1% em 2011.
Podemos acrescentar a
essa reflexão as afirmativas: “Empresas com maior proporção de mulheres
enfrentam melhor as turbulências do mercado.” (Le Monde, 2008). “Um número
significativo de gestoras no topo das organizações propicia melhores resultados
em aspectos como inovação, accountability e rentabilidade.” (McKinsey, 2007).
Com esses dados podemos
confirmar que a vida das mulheres é um desafio constante. Trabalho, marido,
filhos, aspecto estético (cabelo, unha, academia, roupa, etc.), vida pessoal e
social...Enfim, muitas facetas de uma vida rica em possibilidades. No entanto
faz-se necessário melhorar a valorização da mulher em todas essas perspectivas.
Não há motivo para a mulher não ter as oportunidades que os homens têm. Já
existem vários estudos confirmando que todos os gêneros têm a mesma capacidade.
Eu diria que ser mulher é
muito mais divertido exatamente por tudo o que podemos fazer, embora seja bem
estressante cabendo a nós desenvolver a capacidade de administrarmos nossa vida
como um todo. Mas certamente precisamos nos valorizar mais e assumir do que
somos capazes de fazer deixando claras as diferenças que fazemos no dia a dia
da nossa vida e de todos os que nos cercam.
Se nos posicionarmos com
segurança, deixando clara a contribuição que fazemos (o que depende de cada uma
de nós) ocuparemos mais espaço com valorização. Portanto, comece a valorização
por você. Observe-se e se dê conta do que é capaz. Só assim vai conseguir se
relacionar de forma diferente conquistando reconhecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário