sexta-feira, 6 de março de 2015

O ambiente como diferencial competitivo no processo de aprendizagem

Você sabia que o ambiente tem forte influência sobre o que e como as pessoas aprendem?

Existe uma forte correlação, com base em evidências neurocientíficas, de que o ambiente interfere nas sinapses (conexões entre as células cerebrais).

Para que essa correlação seja positiva, ou seja, conduza ao aprendizado o ambiente deve garantir a motivação da pessoa para que, aquela pratica/atividade desejada, aconteça. Sem motivação para tal, o individuo não terá vontade de aprender. Ele pode até fazer o que se demanda por um momento, para evitar algum tipo de punição, mas não aprende levando à uma mudança de comportamento efetiva.

Está provado (por meio da Neurociência, Psicologia, Antropologia, entre outras ciências que estudam o ser humano) que se o meio provocar a intenção e a ação para aprender, ela ocorrerá. Se não provocar não ocorrerá.

A neurociência, por exemplo, afirma que o ambiente causa mudanças anatômicas e funcionais no cérebro e que a quantidade de neurônios e as conexões (sinapses) entre eles muda dependendo das experiências pelas quais se passa. Outra descoberta é a de que o cérebro é plástico o que significa, entre outros aspectos, que ele se modifica em contato com o meio durante a vida toda.

Outro achado, embora seja óbvio, mas esta comprovadíssimo pela ciência, é a de que é preciso estar motivado para aprender o que se pretende ensinar. A motivação depende do significado que o aprendizado tem para a pessoa. Deve estar relacionada, necessariamente, com a biografia (historia de vida, personalidade, valores, etc.) da pessoa (tem que fazer sentido para ela) e tem que despertar curiosidade.

Veja o que diz o Dr. Ivan Izquierdo: “Da mesma forma que sem fome não aprendemos a comer e sem sede não aprendemos a beber água, sem motivação não conseguimos aprender”.  E o que afirma Vygostky: “A cognição tem origem na motivação. Mas ela não brota espontaneamente, como se existissem algumas crianças com vontade – e naturalmente motivadas – e outras não [...] Se constitui pelas experiências sociais e, a importância do ambiente nesse enfoque é fundamental".

Considerando as reflexões acima, educar (treinar, desenvolver) pressupõe motivar. Motivar pressupõe criar um ambiente favorável que desperte a curiosidade das pessoas. Se educar pode ser entendido como qualquer ação ou processo de interação humana que tenha por objetivo transformar a si mesmo e ao outro, empresas e gestores, pais e escolas cuidem do ambiente!

Lideres, ficar responsabilizando o colaborador pela baixa aprendizagem e entrega é ter uma visão míope da situação e perder uma oportunidade enorme de promover a inovação e ganhos de produtividade com aumento da competitividade. Cuide do ambiente e da forma como você se comunica. Aproveite de forma proativa o que a Neurociência (Psicologia e outras ciências) traz como descoberta para os ambientes em geral (o que incluem os organizacionais), e faça da educação e da gestão processos capazes de extrair das pessoas seu pleno potencial para o trabalho.

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