sábado, 8 de fevereiro de 2014

Desenvolver competências é uma questão de cultura

“Empresas que não baseiam seus esforços de melhoria continua em princípios e sim em ferramentas podem obter resultados pontuais durante algum tempo, mas não atingirão a aceitação necessária para garantir melhoria permanente” (Bell, S e Orzen[1]).

O ser humano é movido por seus propósitos, por valores que ele acredita. Isso vale na vida pessoal e organizacional. Se o valores da organização não “casam” com o valor do colaborador sua entrega será diminuída. Ele pode até fazer bem, mas não vai dar o seu melhor. É o propósito e sua constância que levam as pessoas a quererem fazer a diferença, serem úteis.

Dessa forma, para desenvolver competência (capacidade em lidar com o “aqui e agora” de forma eficiente usando da biografia, experiência e aprendizados) os líderes devem garantir que os princípios sejam claros e que os colaboradores tenham aderência interna (congruência pessoal) e devem agir como mentores e orientadores, colaborando para com que os funcionários possam “trazer para fora” o que têm de melhor: “Quando as pessoas são tratadas com consideração e respeito revelam uma reserva ilimitada de criatividade [...] seja o exemplo que eles queiram seguir”. (Bell, S e Orzen1).

Cito o livro de Bell e Orzen porque talvez tenha sido uma das primeiras vezes em que li em um livro de gestão em TI, que a cultura é o alicerce da mudança. Os autores propõe a filosofia lean aplicada à TI afirmando ser a promoção continuada da mudança de cultura o que minimiza as resistências das pessoas à geração de conhecimento que crie valor para o negócio. Embora apresentem ferramentas sempre estão enfatizando as perspectivas constância de propósito, respeito às pessoas e busca pela perfeição (base da cultura lean). 

Tenho certeza de que o trabalho sem constância de propósito – em que trabalhar é mais importante para a pessoa do que para a empresa, já que é ela quem cria o trabalho –, contribui com a baixa motivação, autoestima, conflitos e produtividade. Competências, processos e resultados devem ter como condução central a cultura que valoriza a carreira dos que dela fazem parte.


[1] BELL, Steven e ORZEN, Michael A.  C. TI Lean: capacitando e sustentando sua mtransformação lean. São  Paulo: Lean Institute Brasil, 2013, p.8.

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