domingo, 8 de fevereiro de 2015

Medo: estar ou sentir, eis a questão.

Estar com medo é diferente de sentir medo. Estar é viver a emoção medo, sentir é experimentar um estado continuo e generalizado de uma sensação/sentimento de medo (o que pode ser bem desagradável e paralisante).

Veja o que Robbins (2010) nos ensina:
·      Emoções: são respostas a eventos do ambiente, portanto causadas por um evento especifico ou experiência concreta de algum evento (pessoas ou coisas), de breve duração (segundos ou minutos), acompanhada de expressões faciais ou reações físicas (choro, suores frios, tremor nas pernas, aceleração dos batimentos cardíacos entre outras).
·      Sentimento: é um estado afetivo  de animo ou humor. Não requer, necessariamente, uma causa especifica de evento ou objeto do ambiente, sendo, geralmente, construído em nossa mente a partir da interpretação que damos do ambiente ou mesmo de uma emoção vivida. Tem duração de horas ou dias, demonstrado por meio de expressões e reações físicas distintas e de natureza cognitiva.

Dessa forma, geralmente, a emoção medo aparece quando nos deparamos com situações perigosas e de risco, ou mesmo quando temos a impressão ou certeza de que estamos sendo ameaçados. Nesses casos o medo é importante para despertar uma reação de fuga, que via de regra nos ajuda a evitar risco de vida e/ou danos pessoais.

No entanto, na maioria das vezes, experimentamos o sentimento medo e não a emoção medo. Identificar o sentimento e o que pode tê-lo provocado é fundamental para pararmos de “ficar sentindo” medo. Dizer “sinto medo” pode (e geralmente é isso que acontece) nos levar a sentir mais e mais medo, aumentando a duração do sentimento, nos fazendo sentir mal por longos períodos de tempo e nos atrapalhando nas nossas tarefas diárias.

Então o pensamento pode produzir medo? Pode. Podendo em casos mais graves (alucinações, por exemplo) disparar uma emoção de medo (tema que não é tratado neste post).


A primeira ação que temos que ter é entender a diferença entre medo sentimento e, medo emoção.


A segunda ação é buscar “interromper” o pensamento que provoca o sentimento medo. Assim, pergunte-se: do que tenho medo? Se não for algo concreto, real provavelmente é uma construção da sua mente a partir da interpretação dos fatos que estão ocorrendo e/ou a partir de crenças que temos sobre as coisas (e que foram construídas ao longo da vida) e que geralmente não estão relacionadas com o que esta acontecendo. Controlar o conteúdo (ou seja, O QUE se está pensando) é fundamental para evitar sentir medo e abrir os olhos para o que realmente esta acontecendo. Em fazendo isso agiremos com a razão e aumentaremos o nosso autocontrole.

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