“Empresas que não baseiam seus esforços de melhoria continua em
princípios e sim em ferramentas podem obter resultados pontuais durante algum
tempo, mas não atingirão a aceitação necessária para garantir melhoria
permanente” (Bell, S e Orzen[1]).
O ser humano é movido por seus propósitos, por valores que ele acredita.
Isso vale na vida pessoal e organizacional. Se o valores da organização não
“casam” com o valor do colaborador sua entrega será diminuída. Ele pode até
fazer bem, mas não vai dar o seu melhor. É o propósito e sua constância que
levam as pessoas a quererem fazer a diferença, serem úteis.
Dessa forma, para desenvolver competência (capacidade em lidar com o
“aqui e agora” de forma eficiente usando da biografia, experiência e
aprendizados) os líderes devem garantir que os princípios sejam claros e que os
colaboradores tenham aderência interna (congruência pessoal) e devem agir como
mentores e orientadores, colaborando para com que os funcionários possam
“trazer para fora” o que têm de melhor: “Quando as pessoas são tratadas com
consideração e respeito revelam uma reserva ilimitada de criatividade [...] seja o exemplo que eles queiram seguir”. (Bell, S e Orzen1).
Cito o livro de Bell
e Orzen porque talvez tenha sido uma das primeiras vezes em que li em um livro de gestão em TI, que a cultura é o alicerce
da mudança. Os autores propõe a filosofia lean
aplicada à TI afirmando ser a promoção continuada da mudança de cultura o que
minimiza as resistências das pessoas à geração de conhecimento que crie valor
para o negócio. Embora apresentem ferramentas sempre estão enfatizando as
perspectivas constância de propósito, respeito às pessoas e busca pela
perfeição (base da cultura lean).
Tenho certeza de que o trabalho sem constância de propósito – em que
trabalhar é mais importante para a pessoa do que para a empresa, já que é ela
quem cria o trabalho –, contribui com a baixa motivação, autoestima, conflitos
e produtividade. Competências, processos e resultados devem ter como condução
central a cultura que valoriza a carreira dos que dela fazem parte.
[1] BELL, Steven e ORZEN, Michael A. C. TI Lean: capacitando e sustentando sua mtransformação
lean. São Paulo: Lean Institute Brasil,
2013, p.8.
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