domingo, 4 de maio de 2014

Mentoring: a arte de ajudar o outro a aprender, e aprender com o outro.

Mentoring pode ou não ser praticado por gerentes e CEOs. No entanto, o poder do cargo não pode interferir no desempenho do ensino. Isso porque mentores não são figuras poderosas ou que usam do poder para favorecer o aprendizado do outro. Ajudam pessoas a compreender o caminho que devem trilhar nas organizações para que tenha êxito.

O líder que usa de mentoring atende a uma iniciativa de favorecer o aprendizado do outro. Quando exerce mentoring tem no crescimento do outro seu principal resultado, aprendendo nessa iniciativa.

Nem sempre lideres devem usar de mentoring já que agir como mentor é se apresentar de forma especifica com objetivo especifico.

Mentoring requer dedicação, portanto nem sempre um líder terá tempo para atuar como mentor. A sugestão é que tenha até duas pessoas que tenha escolhido para agir como mentor. Muitas vezes essa iniciativa pode ser útil na preparação para sucessores. No entanto é melhor que exerça mentoring para pessoas que não sejam de sua equipe facilitando sua isenção na iniciativa. Desta forma lideres podem ajudar uns aos outros fazendo mentoring para colaboradores das equipes de seus pares.

Bell[1] (2005) conta a historia da palavra mentor que será resumida a seguir elucidando a essência dessa iniciativa, e esclarecendo em que situações ela melhor se aplica.

Segundo o autor, a palavra mentor vem da Odisséia (Homero) quando Ulisses, ao partir para guerra se da conta que não esta deixando um herdeiro (sucessor). Assim contrata um amigo da família, de confiança, para preparar seu filho. Com isso depreende-se que mentoring é o resultado da preocupação de alguns lideres em deixar um legado, onde o mentor se apresente como um amigo que quer que o outro dê certo demonstrando uma aceitação incondicional e leal a seu aprendiz. Nesse sentido os mentores devem agir como facilitadores e catalisadores em um processo de descoberta e insights .

“Mentores praticam sua aptidões com uma combinação de paixão infinita, comunicação clara e sincera alegria na função de ser um auxiliar ao longo da jornada em direção ao domínio total. Preferem compartilhar a se exibir, dar em vez de se gabar. Grandes mentores são apenas fãs dedicados de seu aprendiz, são fãs leais do sonho daquilo que o aprendiz pode vir a ser com sua ajuda”(Bell, p. 6-7).

Embora muitos lideres tenham essa aptidão, programas de mentores tem maior sucesso quando planejados e todos os participantes compartilham do mesmo objetivo e entendimento. Pode e deve ser conduzido e aplicado por meio de lideres da própria organização, podendo ou não ser implantado por consultoria ou área de gestão de pessoas. Vale a pena investir nessa iniciativa na busca pela sobrevivência da cultura e continuidade da gestão.



[1]BELL, C.R. Mentor e Aprendiz. São Paulo: M.Books, 2005.

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